CDHU culpa moradores por rachaduras nos prédios
Em nota, companhia afirma que os problemas são decorrentes de falta de manutenção
Para Lúcia, principal problema está nos desníveis do chão - Foto: Ricardo Prado
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) divulgou ontem (27) parecer oficial em relação a reportagem sobre os problemas estruturais nos prédios da zona sul da cidade, publicada pelo Diário na última semana. Na ocasião, moradores relataram as inúmeras rachaduras nas partes internas e externas dos edifícios. Situação persiste há um ano e meio.
Na nota a companhia afirma que todas as reclamações dos residentes foram analisadas e verificadas para possíveis providências em relação ao assunto.
O engenheiro responsável pela companhia na região, Liberto Pio Marchesi disse que após vistoria no local não foram verificados problemas estruturais. Para o engenheiro as rachaduras são decorrentes de falta de manutenção. “Os apartamentos foram entregues há 15 anos e os problemas na sua maioria surgiram por falta de manutenção e conservação do imóvel. Sendo assim a competência de manter em ordem o apartamento é do proprietário”, afirma a nota.
A companhia esclarece ainda que não possui responsabilidade total sobre o complexo de prédios, pois o conjunto habitacional está averbado desde 1998.
A moradora Lúcia Manzon, 51, auxiliar de limpeza, afirma que apesar do resultado da vistoria ainda teme os prejuízos nos apartamentos. “O principal problema além das rachaduras são os desníveis no chão decorrentes de infiltração. Ficamos com medo, quando compramos alegaram que tínhamos seguro mas não é o que ocorre”.
A sindica do prédio C2, Maria do Carmo Lima, 60, espera que após a visita do engenheiro a companhia realize alguns auxílios aos moradores. “Negociei com eles para arrumar as rachaduras externas que facilitam a entrada de água em apartamentos. Além de reparar os desníveis do chão. Espero que pelo menos isso seja feito”, afirma Maria.